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APOSTILA DO
CURSO SOBRE ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS E
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
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Relatório Nș: Apostila Análise Risco/2006
Revisão Nș: 2
Módulo 3:
Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP
e APP
Preparado para:
Ministério do Meio Ambiente
Secretaria de Qualidade Ambiental
DET NORSKE VERITAS
RELATÓRIO TÉCNICO
DET NORSKE VERITAS
REGION SOUTH AMERICA
Rua Sete de Setembro 111,
12ș / 14ș andares – Centro
CEP: 20050-006 – Rio de Janeiro
RJ, Brasil
Caixa Postal 286
Tel:+55 21 2517-7232
Fax:+55 21 2252 1695
http://www.dnv.com
Data primeira edição: Projeto Nș:
20/07/2006 WO53706056
Aprovado por: Unidade Organizacional:
Luiz Fernando Seixas de Oliveira DNV Principia
Cliente: Atenção a:
Ministério do Meio Ambiente – Secretaria de
Qualidade Industrial Marcus Bruno Malaquias Ferreira e Rita
Lima de Almeida
Apostila fornecida aos participantes dos cursos de Estudo de Análise de Riscos e Programa de Gerenciam ento de Riscos
para técnicos do Ministério do Meio Ambiente, IBAMA e OEMAs.
A apostila é constituída de 14 módulos, corresponde ntes aos módulos de 0 a 13 do Curso. Uma relação co m algumas das
referências bibliográficas mais relevantes sobre os assuntos abordados nos módulos é apresentada no Mó dulo 0.
Neste Módulo 3 são apresentadas as principais técni cas de identificação de perigos:
• Análise Preliminar de Perigos (APP)
• Análise de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Relatório Nș Grupo de Assunto:
Apostila Análise Risco/2006 Indexing terms
Título Relatório: Palavras chaves: Área de serviço:
ISA 1
Setor de Vendas: Módulo 3:
Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e
APP
Curso
APP
AQR
Risco
Trabalho executado por:
Flávio Luiz Barros Diniz, Luiz Fernando Seixas de
Oliveira, Mariana Bahadian Bardy e Nilda Visco Viei ra
Trabalho verificado por:
Cássia Oliveira Cardoso, Felipe Sodré e Tobias Viei ra
Alvarenga
Data desta edição: Rev. Nș.: Número de páginas:
03/04/2007 0 28 Não distribuir sem a permissão do cliente ou
responsável da uinidade organizacional
Livre distribuição dentro da DNV após 3 anos
Estritamente confidencial
Distribuição irrestrita
© 2005 Det Norske Veritas Ltda.
Todos os direitos reservados. Esta publicação ou pa rte dela não podem ser reproduzidas ou transmitidas em qualquer forma ou qualquer
meio, incluindo fotocópias ou gravações sem o conse ntimento por escrito da Det Norske Veritas Ltda.
Módulo 3:
Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO………………………………….. …………………………………………… …………………………………………… ……..1
2 TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS…………… …………………………………………… ………………………2
3 ANÁLISE DE PERIGOS E OPERABILIDADE (HAZOP)……… …………………………………………… ………………..3
3.1 Objetivo……………………………………. …………………………………………… …………………………………………… ………..3
3.2 Metodologia…………………………………. …………………………………………… …………………………………………… …….4
3.2.1 Seleção dos Nós……………………………… …………………………………………… …………………………………………… 7
3.2.2 Planilha para a realização do HAZOP……………. …………………………………………… ………………………………..8
3.2.3 Equipe para a realização do HAZOP ……………… …………………………………………… ……………………………..14
4 ANÁLISE DE PRELIMINAR DE PERIGOS (APP)…………. …………………………………………… …………………….17
4.1 Objetivo……………………………………. …………………………………………… …………………………………………… ………17
4.2 Metodologia…………………………………. …………………………………………… …………………………………………… …..17
Módulo 3:
Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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1 1 INTRODUÇÃO
Conforme mostrado a seguir, após a definição do si stema, fronteiras, objetivos e a
abrangência do estudo, a etapa seguinte é a Identif icação dos Perigos.
Neste Módulo 3 são apresentadas as principais técn icas de identificação de perigos:
Análise Preliminar de Perigos (APP)
Análise de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Vale a pena ressaltar que independentemente destas técnicas (APP e/ou HAZOP) fazerem
parte de uma Análise Quantitativa de Riscos (AQR), estas técnicas podem ser empregadas
isoladamente. Isto ocorre muito frequentemente, e d esta forma podemos dizer que neste caso trata-
se de uma análise de riscos de uma forma qualitativ a, ou seja, estamos identificando o
perigo/desvio, suas causas e suas conseqüências qua litativamente.
Meteorologia,
população,
propriedades Dados de
falhas e de reparo,
manutenção Informações
sobre o sistema Estrutura de uma AQR
Definição do Sistema,
Fronteiras, Objetivos e
Abrangência do Estudo
Identificação
dos Perigos
Avaliação
das
Frequências Avaliação
das
Consequências
Avaliação
dos Riscos
Riscos
Aceitáveis? Não Sim
PGR/PAE Sugerir medidas
mitigadoras de
Risco Reavaliar
Módulo 3:
Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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2 TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
A primeira etapa de uma análise de
riscos é a identificação dos perigos existentes
em uma determinada instalação. Os objetivos
principais desta etapa são: identificação dos
cenários de acidente a partir de uso de
técnicas que sistematizam a busca; e
classificação dos cenários permitindo a
seleção dos cenários para a uma posterior
quantificação.
Existem diversas técnicas (metodologias) utilizadas para a identificação dos perigos. Dentre
as mais utilizadas podemos destacar:
Análise Histórica de Acidentes
Análise de Perigos e Operacionalidade (HAZOP)
Análise Preliminar de perigos (APP)
Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA)
Hazard Identification (HAZID)
E, se? (What If?)
Hazard Analysis (HAZAN)
A seguir detalharemos as técnicas mais utilizadas n acionalmente e internacionalmente em
estudos de análises de riscos: HAZOP e APP.
Módulo 3:
Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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3 3 ANÁLISE DE PERIGOS E OPERABILIDADE (HAZOP)
3.1 Objetivo
A técnica denominada HAZOP – Análise de Perigos e O perabilidade – visa identificar os
perigos e os problemas de operabilidade de uma inst alação de processo. Esta metodologia é baseada
em um procedimento que gera perguntas de maneira es truturada e sistemática através do uso
apropriado de um conjunto de palavras-guia.
O principal objetivo de um Estudo de Perigos e Oper abilidade (HAZOP) é investigar de
forma minuciosa e metódica cada segmento de um proc esso, visando descobrir todos os possíveis
desvios das condições normais de operação, identifi cando as causas responsáveis por tais desvios e
as respectivas conseqüências. Uma vez verificadas a s causas e as conseqüencias de cada tipo de
desvio, esta metodologia procura propor medidas par a eliminar ou controlar o perigo ou para sanar
o problema de operabilidade da instalação.
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O HAZOP enfoca tanto os problemas de segurança, bus cando identificar os perigos que
possam colocar em risco os operadores e os equipame ntos da instalação, como também os
problemas de operabilidade, que embora não sejam pe rigosos, podem causar perda de produção ou
podem afetar a qualidade do produto ou a eficiência do processo. Portanto, o HAZOP identifica
tanto problemas que possam comprometer a segurança da instalação como aqueles que possam
causar perda de continuidade operacional da instala ção ou perda de especificação do produto.
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3.2 Metodologia
A técnica de HAZOP é essencialmente um procediment o indutivo qualitativo, no qual uma
equipe examina um processo, gerando perguntas sobre o mesmo, de maneira sistemática. As
perguntas, embora sejam estimuladas por uma lista d e palavras-guia, surgem naturalmente através
da interação entre os membros da equipe multidiscip linar (especialidades de operação, segurança,
manutenção, etc.). Logo, essa técnica de identifica ção de perigos consiste, fundamentalmente, numa
busca estruturada das causas de possíveis desvios e m variáveis de processo, ou seja, na temperatura,
pressão, vazão ou composição, em diferentes pontos do sistema (denominados nós de estudo ou
simplesmente nós), durante a operação do mesmo.
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Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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A busca dos desvios foi feita através da aplicação de uma lista de "palavras-guia" para cada
nó do sistema. Esta lista foi preparada “a priori”, de modo a promover um amplo e irrestrito
raciocínio lógico, visando detectar todas as anorma lidades passíveis de ocorrer no processo.
O procedimento para execução do HAZOP foi sintetiz ado nos seguintes passos:
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Uma vez definido o sistema, o mesmo é dividido em seções (partes do sistema). Alguém do
grupo de trabalho faz uma breve explanação sobre a intenção da referida seção para os demais
membros do grupo. A partir daí são definidos quais as variáveis de processo (vazão, temperatura,
viscosidade, pressão, etc.) que deverão ser analisa das ao longo das reuniões de HAZOP.
A seguir é apresentada as palavras guias mais util izadas em estudos de HAZOP:
Tabela 1 – Tipos de Desvios Associados com as Palav ras-Guia
Palavra-Guia Desvios Considerados
NÃO, NENHUM Completa negação das intenções de proje to.
MENOS Diminuição quantitativa de uma propriedade fí sica relevante.
MAIS Aumento quantitativo de uma propriedade física relevante.
TAMBÉM, BEM COMO Um aumento qualitativo.
REVERSO O oposto lógico da intenção de projeto.
OUTRO QUE Substituição completa.
A seguir são apresentados na Tabela 2 uma lista de desvios utilizados em estudos de HAZOP.
Tabela 2 – Lista de Desvios para HAZOP
Parâmetro Palavra-Guia Desvio
FLUXO Nenhum Nenhum fluxo
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Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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5 Menos
Mais
Reverso
Também Menos fluxo
Mais fluxo
Fluxo reverso
Contaminação
PRESSÃO Menos
Mais Pressão baixa
Pressão alta
TEMPERATURA Menos
Mais Temperatura baixa
Temperatura alta
NÍVEL Menos
Mais Nível baixo
Nível alto
VISCOSIDADE Menos
Mais Viscosidade baixa
Viscosidade alta
REAÇÃO Nenhum
Menos
Mais
Reverso
Também Nenhuma reação
Reação incompleta
Reação descontrolada
Reação reversa
Reação secundária
Um exemplo típico de uma planilha de HAZOP é apres entado na ilustração a seguir. Vale a
pena ressaltar que não existe uma única planilha de HAZOP. As colunas podem ser adaptadas
dependendo da necessidade da análise.
Módulo 3:
Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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Ilustração 1 – Planilha Típica de HAZOP
3.2.2 Seleção dos Nós
Uma etapa fundamental no processo de realização de um HAZOP é a seleção dos pontos do
processo onde os desvios serão analisados. Estes po ntos, também, conhecidos como nós do
HAZOP, determinarão o nível de abrangência do estud o. Uma boa escolha dos nós permitirá a
realização de um estudo completo, mas com a otimiza ção dos recursos.
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3.2.3 Planilha para a realização do HAZOP
Para realização do HAZOP, utiliza-se uma planilha como a figura mostrada a seguir. Como
mencionado anteriormente não existe uma única plani lha de HAZOP (pode ser customizada).
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O cabeçalho desta planilha identifica o subsistema que está sendo analisado, o fluxograma
de engenharia usado e o nó escolhido. A coluna 1 fo rnece o desvio que está sendo considerado. O
desvio consiste na combinação do parâmetro com a pa lavra-guia, por exemplo, "menos fluxo",
"mais pressão", etc. Exemplos são mostrados a segui r.
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Módulo 3:
Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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A segunda coluna lista as causas que podem acarret ar o desvio. A seguir é são apresentados
(Tabela 3) exemplos genéricos de causas identificad as em estudos de HAZOP de plantas de
processo em geral.
Tabela 3 – Lista de Causas Genéricas
Nenhum Fluxo – Alinhamento indevido
– Bloqueio
– Figura 8 invertida
– Entupimento
– Grande vazamento
– Equipamento falho (bomba, válvula)
– Erro na isolação
– Etc.
Fluxo Reverso – Válvula check dando passagem
– Efeito sifão
– Operação incorreta
– Abertura de vent de emergência
– Etc.
Fluxo Maior – Aumento na capacidade da bomba
– Aumento na pressão de sucção
– Aumento da densidade do fluido
– Vazamento em trocadores de calor
– Conexão com outros sistemas
– Falha no controle (PLC, válvulas)
– Operação indevida (duas bombas operando)
– Etc.
Fluxo Menor – Restrição na linha
– Filtro bloqueado
– Perda de eficiência das bombas
– Alinhamento indevido
– Etc.
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Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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8 Nível Maior – Saída bloqueada
– Entrada maior que a saída
– Falha no controle
– Falha na medição do nível
– Etc.
Nível Menor – Entrada obstruída
– Saída maior que a entrada
– Falha no controle
– Falha na medição do nível
– Drenagem indevida
– Etc.
Pressão Maior – Problema no sistema anti-surge
– Conexão (alinhamento) indevida com sistema de alt a pressão
– Falha das válvulas de alívio de pressão
– Falha de projeto (especificação de linhas, vasos instrumentos)
– Etc.
Pressão Menor – Condições de vácuo
– Condensação
– Vazamentos
– Drenagem aberta
– Bloqueio de válvulas
– Etc.
Temperatura Maior – Condições ambientais
– Falha nos trocadores de calor
– Fogo externo
– Reação fora de controle (exotérmica)
– Falha no controle
– Etc.
Temperatura Menor – Condições ambientais
– Redução de pressão
– Efeito Joule-Thompson
– Perda de aquecimento
– Falha no controle
– Etc.
Viscosidade Maior – Composição ou uso de material inadequado
– Temperatura incorreta
– Concentração de sólidos
– Etc.
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Técnicas de Identificação de Perigos: HAZOP e APP
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9 Viscosidade Menor – Composição ou uso de material i nadequado
– Temperatura incorreta
– Evaporação do solvente
– Etc.
Mudança de Composição – Válvulas permitindo passage m
– Vazamento em trocadores de calor
– Mudança de fase
– Especificação/alimentação incorreta
– Falha no controle de qualidade
– Reação intermediária indesejada
– Etc.
Contaminação – Vazamento em trocadores de calor
– Vazamento em válvulas de isolação
– Operação incorreta (alinhamento inadequado)
– Efeitos de corrosão
– Ingresso de ar
– Aditivação inadequada
– Etc.
Outras causas típicas:
/head2right Vazamento/Ruptura
o Corrosão
o Fadiga
o Suportação de linhas e equipamentos
o Especificação de material
o Vibração
/head2right Falha Humana (operação/manutenção)
o Omissão (especificar em cada caso)
o Delegação (especificar em cada caso)
o Falha em cumprir procedimento (especificar em cada caso)
o Operação a velocidade/carga imprópria
o Remoção/desativação de mecanismo de segurança
o Utilização inadequada de equipamento
o Operação/abertura de equipamento sem autorização
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10 /head2right Abertura de válvula de segurança
o Falha de sensores, processadores, atuadores
o Variações de processo por contaminação/perda de esp ecificação
/head2right Falha de gerenciamento
o Equipe inadequadas / insuficiente
o Falta de treinamento
o Falta ou falha de procedimento
o Adiamento de paradas, testes, manutenções
/head2right Eventos externos
o Fatores meteorológicos
o Choques mecânicos
o Vandalismo
o Sabotagem
A terceira coluna relata os possíveis efeitos asso ciados a cada uma das causas ou conjunto
de causas e a quarta coluna indica as salvaguardas existentes. A seguir são apresentadas típicas
conseqüências analisadas em estudos de HAZOP e tamb ém as salvaguardas consideradas.
Importante destacar que as conseqüências (efeitos) deverão ser analisadas localmente e também no
sistema como um todo.
Exemplos típicos de conseqüências:
/square6 Perda de contenção (vazamento de produtos), levando a formação de nuvem tóxica e/ou
nuvem inflamável (incêndio/explosão em nuvem)
/square6 Contamminação Ambeintal (Contaminação do solo / rec ursos hídricos / contaminação do ar
– destacar caso atinja alguma área de proteção ambi ental)
/square6 Descontrole operacional (parada parcial e/ou total do sistema analisado)
Exemplos típicos de salvaguardas (barreiras de prot eção):
/square6 Alarmes
/square6 Sistemas de Intertravamento
/square6 Instrumentação
/square6 Válvulas de alívio (PSVs)
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11 /square6 Meios alternativos de produção
/square6 Procedimentos operacionais
A quinta e coluna enumera as recomendações ou obse rvações pertinentes dos cenários.
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3.2.4 Equipe para a realização do HAZOP
O HAZOP se baseia no fato que um grupo de peritos com diferentes experiências
trabalhando juntos podem interagir de uma forma cri ativa e sistemática e identificar muito mais
problemas do que se cada um trabalhasse individualm ente e depois fossem combinados os
resultados. A interação de pessoas com diferentes e xperiências estimula a criatividade e gera novas
idéias, devendo todos os participantes defenderem l ivremente os seus pontos de vistas, evitando
críticas que inibam a participação ativa e a criati vidade dos integrantes da equipe. Portanto, a
realização de um HAZOP exige necessariamente uma eq uipe multidisciplinar de especialistas, com
conhecimentos e experiências específicas, sendo que cada um procura dentro da sua visão e
experiência na sua área de atuação, avaliar as caus as e os efeitos de possíveis desvios operacionais,
de forma que o grupo chegue a um consenso e proponh a soluções para o problema.
A Tabela 4 mostra a composição recomendável para u ma equipe de HAZOP de uma
instalação existente.
Tabela 4 – Composição Recomendável de uma Equipe de HAZOP de Instalação Existente
Função Perfil/Atividades
Líder da Equipe De preferência deve ser um engenheiro perito na téc nica de HAZOP , não devendo ser
um dos participantes do projeto que está sendo anal isado. Sua função é garantir que a
equipe siga os procedimentos do método, devendo ter experiência em liderar grupos de
pessoas que normalmente não se reportam a ele. O lí der da equipe deve ser um tipo de
pessoa que tenha características de prestar atenção aos mínimos detalhes, cabendo-lhe
as seguintes atividades:
Selecionar a equipe;
Planejar e conduzir a análise;
Divulgar os resultados e acompanhar a execução das recomendações;
Limitar debates paralelos nas reuniões;
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12 Função Perfil/Atividades
Cobrar participação e pontualidade dos membros;
Entender bem o que está sendo discutido, exigindo explicações quando achar
necessário;
Incentivar e controlar as discussões, sintetizar o s resultados, mas procurar
permanecer neutro durante a discussão;
Promover o consenso entre os membros;
Não responder as perguntas, mas sim colocá-las par a todo o grupo de modo a
estimular a discussão.
Secretário Pessoa responsável pelo preenchimento da planilha, devendo ser capaz de sintetizar de
forma clara e objetiva os resultados das discussões do grupo
Supervisor da
Unidade Engenheiro responsável pela operação da unidade de processo.
Eng. de Processo Deve conhecer o processo e a operação da unidade em análise.
Operador É o homem que conhece aquilo que, de fato, acontece na instalação em análise. Ele
conhece também todos os detalhes operacionais e as informações relativas aos "dados
históricos" da instalação.
Eng. de Manutenção Responsável pela manutenção da instalação.
Eng. de Segurança Responsável pela segurança de unidades de processo, sendo geralmente o líder da
equipe.
Eng. de Instrumenta-
ção e Controle Trata-se da pessoa que cuida da manutenção dos inst rumentos, inclusive dos testes dos
sistemas de controle e de proteção. Em algumas plan tas esta responsabilidade é
repartida entre o engenheiro de instrumentação e o engenheiro eletricista. Neste caso,
ambos devem compor a equipe.
Em relação ao tamanho e composição da equipe de HA ZOP, vale a pena ressaltar os seguintes
pontos:
/checkbld EFICIÊNCIA
Não deve ser muito grande (de 5 a 8 membros, inclui ndo líder e secretário)
/checkbld ABRANGÊNCIA
Suficiente para fornecer os conhecimentos que englo bam todas as necessidades do estudo.
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13 A equipe de um HAZOP deve ser escolhida cuidadosam ente de modo a fornecer os
conhecimentos e a experiência apropriados para os o bjetivos da análise. É importante que a equipe
não seja muito grande a ponto de comprometer a efic iência do processo de análise, devendo ter
entre cinco e oito participantes efetivos.
Em relação à documentação necessária para a realiz ação do HAZOP, a Tabela 5 apresenta
os principais documentos.
Tabela 5 – Documentação Necessária para Execução de HAZOP
Documentação
Fluxogramas de engenharia (Diagramas de Tubulação e Instrumentação – P&ID's).
Folhas de dados de todos os equipamentos da instala ção
Dados de projeto de instrumentos, válvulas de contr ole, etc.
Dados de projeto e setpoints de todas as válvulas de alívio, discos de ruptura, etc.
Diagrama lógico de intertravamento, juntamente com descrição completa
Matrizes de causa e efeito
Desenhos mostrando interfaces e conexões com outros equipamentos na fronteira da unidade/sistema anali sado.
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14 4 ANÁLISE DE PRELIMINAR DE PERIGOS (APP)
4.1 Objetivo
A Análise Preliminar de Perigos (APP) é uma metodo logia estruturada para identificar os
perigos potenciais decorrentes da instalação de nov as unidades/sistemas ou da operação de
unidades/sistemas existentes que lidam com materiai s perigosos. Esta metodologia é também
comumente chamada de Análise Preliminar de Riscos ( APR).
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4.2 Metodologia
O escopo da APP abrange todos os eventos perigosos cujas causas tenham origem no
interior da instalação analisada, englobando tanto as falhas intrínsecas de componentes ou sistemas,
como eventuais erros operacionais ou de manutenção (erros humanos). Embora alguns eventos
perigosos causados por agentes externos, tais como: sabotagem, queda de balões, de aviões, de
helicópteros ou de meteoritos, terremotos, maremoto s e inundações, possam ter freqüências de
ocorrência consideradas extremamente remotas, eles poderão também ser incluídos na análise.
Na APP são levantadas as causas que ocasionam a oc orrência de cada um dos eventos e as
suas respectivas conseqüências, sendo, então feita uma avaliação qualitativa da freqüência de
ocorrência do cenário de acidente, da severidade da s conseqüências e do risco associado. Portanto,
os resultados obtidos são qualitativos, não fornece ndo estimativas numéricas.
A realização da análise propriamente dita é feita através do preenchimento de uma
planilha com as informações necessárias à avaliaçã o de riscos para cada módulo de análise. A
planilha contém colunas, as quais são preenchidas c onforme a descrição apresentada a seguir.
O processo de realização de uma APP segue os segui ntes passos:
subdivisão da instalação em diversos módulos de aná lise (em geral utilizando-se da
distribuição de unidades já existentes na fábrica – a presença de grandes unidades pode
exigir a definição de módulos menores);
definição das fronteiras do sistema;
determinação dos produtos perigosos existentes no s istema e suas condições de processo e /
ou estocagem;
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15 preenchimento das planilhas de APP em reuniões do g rupo de análise.
4.2.1 Planilha para a realização da APP
Para realização da APP, utiliza-se uma planilha co mo a figura mostrada a seguir.
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/square6 Etapa Fundamental
– Preenchimento da primeira coluna:
– Liberação de substância perigosa ou de energia na f orma descontrolada.
– Preenchimento executado a partir da identificação d a presença de substâncias
perigosas e das condições capazes de dar origem aos acidentes (eventos
iniciadores de acidente).
A seguir são apresentados exemplos de preenchiment o das colunas de APP:
1ă Coluna: PERIGOS (exemplos)
– Liberação de Líquido Inflamável
– Liberação de Gás Inflamável
– Liberação de Líquido Tóxico
– Liberação de Gás Tóxico
– Liberação de Material Reativo
– Liberação de Material Corrosivo
– Reação Indevida
– Pressurização Excessiva
– Reação Descontrolada
2ă Coluna: CAUSAS (exemplos)
– Pequena ou grande liberação
/square6 Vazamentos ou rupturas em linhas e seus acessórios, tanques, bombas,
filtros, ou outros equipamentos
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16 /square6 Transbordamento
/square6 Falhas humanas (operacionais ou de manutenção)
/square6 Falhas de gerenciamento
/square6 Eventos externos
Normalmente as causas de pequenas liberações são a ssociadas a vazamentos e as de grande
liberação são associadas a rupturas. É importante d estacar os demais tipos de falha que podem levar
às pequenas ou grandes liberações. A seguir são apr esentados alguns outros exemplos:
– Falhas humanas – Válvula de dreno aberta após ret orno do tanque de manutenção;
– Falha de gerenciamento – Enchimento de tanque sem acompanhamento da operação e sem alarme
de nível alto;
– Eventos externos – Vandalismo.
Na terceira coluna são apresentados modos de detec ção (exemplos):
• Não detectável
• Odor (operador de campo)
• Visual (operador de campo ou operador na sala de co ntrole)
• Ruído/vibração
• Alarme de nível alto no local ou na sala de control e
• Alarme de nível baixo no local ou na sala de contro le
• Alarme de pressão alta no local ou na sala de contr ole
• Alarme de pressão baixa no local ou na sala de cont role
Em algumas planilhas de APP esta coluna é chamada de salvaguardas ou fatores atenuantes.
Os efeitos (ou conseqüências) são apresentados na quarta coluna, exemplos:
• Liberação de Líquido inflamável:
• Incêndio em Poça
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17 • Incêndio em Poça com possibilidade de desdobrament o (especificando que
desdobramento é possível)
• Incêndio em Nuvem (para líquidos voláteis ou gases liquefeitos) seguido de
incêndio em poça
• Explosão em Nuvem
• Explosão em Nuvem (para líquidos voláteis ou gases liquefeitos) com
possibilidade de desdobramento (especificando que d esdobramento é
possível)
• Explosão em Nuvem (para líquidos voláteis ou gases liquefeitos) seguido de
incêndio em poça
• Explosão confinada
• Contaminação ambiental
• Contaminação do solo (se possível especificar volu me)
• Contaminação de recursos hídricos (especificar)
O importante é que o cenário de acidente é composto de perigo, da causa e do efeito, exemplos:
• “Incêndio em poça (efeito) gerado por uma liberação de líquido inflamável (perigo)
decorrente de (causas): ruptura de linha, ruptura d e válvula ou vazamento pela bomba”
• “Grande liberação de substância tóxica devido a rup tura de tubulação levando à
formação de uma nuvem tóxica”.
5ă Coluna: Categorias de Freqüência
De acordo com a metodologia de APP, os cenários de acidente devem ser classificados em
categorias de freqüência , as quais fornecem uma indicação qualitativa da fr eqüência esperada de
ocorrência para cada um dos cenários identificados. As Tabelas 6 e 7 apresentam exemplos de
categorias de freqüência utilizadas em uma APP.
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18
Tabela 6 – Exemplo de Categoria de Freqüência
Tabela 7 – Exemplo de Categoria de Freqüência (N-27 82)
CATEGORIA DESCRIÇÃO
FREQUENTE
F > 1/ano – Pelo menos uma ocorrência a cada ano; ou
– Erro Humano por inexistência de treinamento ou proc edimento e
condições de trabalho adversas.
PROVÁVEL
1 > f > 1 x 10 -2 /ano – Uma ou mais vezes na vida útil do sistema; ou
– Erro Humano por inexistência de treinamento ou proc edimento e
condições de trabalho adequadas.
OCASIONAL
1 x 10 -2 > f > 1 x 10 -4 /ano – Falha única de componente; ou
– Erro humano em uma ação eventual (descumprimento de
procedimento ou treinamento recebido).
REMOTO
1 x 10 -4 > f > 1 x 10 -6 /ano – Falha 2 componentes; ou
– Erros humanos em ações independentes e eventuais; ou
– Ruptura de equipamento estático sujeito a inspeçã o; ou
– Falha de componente eletrônico com redundância ou “watchdog
timer”
IMPROVÁVEL
F < 1 x 10 -6 /ano – Falha mecânica de vasos de pressão com rotina de inspeção,sem
identificação de perda de espessura ou trincas e se m histórico de
sobrecarga de pressão, temperatura ou vibração.
– Falhas múltiplas de sistema de proteção
Esperado ocorrer muitas vezes durante
a vida útil da instalação. > 1 por ano Freqüente EEsperado ocorrer mais de uma vez
durante a vida útil da instalação. 1 por ano a 1 em
30 anos Provável DPossível de ocorrer até uma vez
durante a vida útil da instalação. 1 em 30 anos a 1
em 10 3anos Pouco ProvávelCNão esperado ocorrer durante a vida útil
da instalação, apesar de haver
referências históricas. 1 em 10 3anos a 1
em 10 5anos Remota BConceitualmente possível, mas
extremamente improvável de ocorrer
durante a vida útil do empreendimento.
Sem referências históricas de que isto
tenha ocorrido. < 1 em 10 5anos Extremamente
Remota ADescrição Freqüência Categoria
Esperado ocorrer muitas vezes durante
a vida útil da instalação. > 1 por ano Freqüente EEsperado ocorrer mais de uma vez
durante a vida útil da instalação. 1 por ano a 1 em
30 anos Provável DPossível de ocorrer até uma vez
durante a vida útil da instalação. 1 em 30 anos a 1
em 10 3anos Pouco ProvávelCNão esperado ocorrer durante a vida útil
da instalação, apesar de haver
referências históricas. 1 em 10 3anos a 1
em 10 5anos Remota BConceitualmente possível, mas
extremamente improvável de ocorrer
durante a vida útil do empreendimento.
Sem referências históricas de que isto
tenha ocorrido. < 1 em 10 5anos Extremamente
Remota ADescrição Freqüência Categoria
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19 6ă Coluna: Categoria de Severidade
Também de acordo com a metodologia de APP, os cená rios de acidente devem ser classificados
em categorias de severidade , as quais fornecem uma indicação qualitativa do gr au de severidade das
conseqüências de cada um dos cenários identificados , conforme exemplos apresentado nas tabelas a
seguir.
Tabela 8 – Exemplo de Categoria de Severidade
Tabela 9 – Exemplo de Categoria de Severidade (Norm a CETESB)
C A T E G O R IA D E SC R IÇ Ã O
B A IX A – Em issões Fugitivas; ou
– Incêndio Localizado extinto com equipam entos portát eis; ou
– Contam inação localizada, possibilitando a recomposi ção im ediata; ou
– Perdas abaixo de U S$ 50,000.00
M O D E R AD A – Acidente Sem A fastamento (SAF); ou
– Incêndio restrito ao equipam ento de origem do probl em a; ou
– Pequena ocorrência am biental ou ocorrência am bien tal sobre meio forte
e resistente. Recuperação am biental em 1 sem ana; ou
– Perdas acim a de U S$ 50,000.00
M É D IA – A cidente Com A fastamento (CA F); ou
– Evasão de funcionários para local próximo; ou
– O corrência am biental sobre meio frágil ou sensíve l. Custo acim a de
U S$ 500,000.00 ou mais de 1 m ês para recuperação; o u
– Perdas acim a de U S$ 500,000.00
C R ÍT IC A – V ítim as com lesões incapacitantes permanentes ou até 10 vítim as fatais;
– Evasão para ponto de apanha; ou
– Impacto que paralisa o sistem a de tratam ento de e fluentes; ou
– G rande ocorrência am biental em m eio frágil ou sen sível. C usto acim a de
U S$ 5,000,000.00 ou mais de 1 ano para recuperação; ou
– Perdas acim a de U S$ 5,000,000.00
C A T AST R Ó FIC A – M ais de 10 V ítim as fatais; ou
– G rande ocorrência am biental provocando danos em v asta região. C usto
acim a de U S$ 50,000,000.00 ou mais de 10 anos para recuperação.
– Perdas acim a de U S$ 50,000,000.00
Impactos ambientais devido a liberações de substânc ias
químicas, tóxicas ou inflamáveis, atingindo áreas e xternas
às instalações. Provoca mortes ou lesões graves na
população externa ou impactos ao meio ambiente com
tempo de recuperação elevado.Catastrófica IV Descrição/ Características
Crítica Marginal Desprezível
Possíveis danos ao meio ambiente devido a liberaçõe s de
substâncias químicas tóxicas ou inflamáveis, alcanç ando áreas
externas àinstalação. Pode provocar lesões de gravi dade
moderada na população externa ou impactos ambientai s com
reduzido tempo de recuperação. III Danos irrelevantes ao meio ambiente e àcomunidade e xterna. II Nenhum dano ou dano não mensurável ISegurança PessoalCategoria
Impactos ambientais devido a liberações de substânc ias
químicas, tóxicas ou inflamáveis, atingindo áreas e xternas
às instalações. Provoca mortes ou lesões graves na
população externa ou impactos ao meio ambiente com
tempo de recuperação elevado.Catastrófica IV Descrição/ Características
Crítica Marginal Desprezível
Possíveis danos ao meio ambiente devido a liberaçõe s de
substâncias químicas tóxicas ou inflamáveis, alcanç ando áreas
externas àinstalação. Pode provocar lesões de gravi dade
moderada na população externa ou impactos ambientai s com
reduzido tempo de recuperação. III Danos irrelevantes ao meio ambiente e àcomunidade e xterna. II Nenhum dano ou dano não mensurável ISegurança PessoalCategoria
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Tabela 10 – Exemplo de Categoria de Severidade (Nor ma N-2782)
Tabela 11 – Exemplo de Categoria de Severidade (Nor ma N-2782)
Descrição/ Características
Catastrófica Crítica Marginal Desprezível
Provoca morte ou lesões graves em uma ou mais pesso as
intraou extra-muros). IV Lesões de gravidade moderada em pessoas Intra-muros .
Lesões leves em pessoas Extra-muros. III Lesões leves em funcionários e terceiros. Ausência de
Lesões Extramuros. II Sem lesões ou no máximo caso de primeiros socorros sem
afastamento ISegurança Pessoal Categoria Descrição/ Características
Catastrófica Crítica Marginal Desprezível
Provoca morte ou lesões graves em uma ou mais pesso as
intraou extra-muros). IV Lesões de gravidade moderada em pessoas Intra-muros .
Lesões leves em pessoas Extra-muros. III Lesões leves em funcionários e terceiros. Ausência de
Lesões Extramuros. II Sem lesões ou no máximo caso de primeiros socorros sem
afastamento ISegurança Pessoal Categoria
Descrição/ Características
Catastrófica Crítica Marginal Desprezível
Danos irreparáveis a equipamentos ou instalações
(reparação lenta ou impossível). IV Danos severos a equipamentos ou instalações. III Danos leves aos equipamentos ou instalações (os dan os
são controláveis e/ou de baixo custo de reparo). II Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos ou
instalações ISegurança das Instalações Categoria Descrição/ Características
Catastrófica Crítica Marginal Desprezível
Danos irreparáveis a equipamentos ou instalações
(reparação lenta ou impossível). IV Danos severos a equipamentos ou instalações. III Danos leves aos equipamentos ou instalações (os dan os
são controláveis e/ou de baixo custo de reparo). II Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos ou
instalações ISegurança das Instalações Categoria
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Tabela 12 – Exemplo de Categoria de Severidade (Nor ma N-2782)
Tabela 13 – Exemplo de Categoria de Severidade (Nor ma N-2782)
Descrição/ Características
Catastrófica Crítica Marginal Desprezível
Danos devido a situações ou valores considerados ac ima
dos níveis máximos toleráveis IV Danos devido a situações ou valores considerados
toleráveis entre nível médio e máximo.III Danos devido a situações ou valores considerados
toleráveis entre nível mínimo e médio.II Sem danos ou danos mínimos ao meio ambiente. IMeio Ambiente Categoria Descrição/ Características
Catastrófica Crítica Marginal Desprezível
Danos devido a situações ou valores considerados ac ima
dos níveis máximos toleráveis IV Danos devido a situações ou valores considerados
toleráveis entre nível médio e máximo.III Danos devido a situações ou valores considerados
toleráveis entre nível mínimo e médio.II Sem danos ou danos mínimos ao meio ambiente. IMeio Ambiente Categoria
Descrição/ Características
Catastrófica Crítica Marginal Desprezível
Impacto Nacional ou Internacional IV Impacto Regional III Impacto Local II Sem impacto IImagem da Empresa Categoria Descrição/ Características
Catastrófica Crítica Marginal Desprezível
Impacto Nacional ou Internacional IV Impacto Regional III Impacto Local II Sem impacto IImagem da Empresa Categoria
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22 7ă Coluna: Categoria de Risco
Combinando-se as categorias de freqüência com as d e severidade, obtém-se uma Matriz de
Riscos , a qual fornece uma indicação qualitativa do nível de risco de cada cenário identificado na
análise. As Tabelas 14 e 15 mostram exemplos de mat rizes de risco utilizadas em APP.
Tabela 14 – Exemplo de Matriz de Riscos
Tabela 15 – Exemplo de Matriz de Riscos (N-2782)
A B C D E
IV Moderada Moderada Não
Tolerável Não
Tolerável Não
Tolerável
III Tolerável Moderada Moderada Não
Tolerável Não
Tolerável
II Tolerável Tolerável Moderada Moderada Moderada
ITolerável Tolerável Tolerável Tolerável Moderada Frequência Matriz de
Risco Severidade
Frequência MATRIZ
CLASSIFICAÇÃO
RISCOS A B C D E
V
IV
III
II Severidade
I
Severidade
I. Baixa
II. Moderada
III. Média
IV. Crítica
V. Catastrófica Frequência
A Improvável
B Remota
C Ocasional
D Provável
E Frequente
Risco
(1) Baixo
(2) Moderado
(3) Alto
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23 Cabe ressaltar, como mencionado anteriormente, que as Tabelas mostradas anteriormente
exemplificam categorias de freqüência, severidade e matriz de risco, que podem ser utilizadas na
APP. Quaisquer modificações nessas categorias podem ser feitas conforme necessidade do cliente,
solicitação do órgão ambiental ou decisão da própri a equipe que está desenvolvendo o trabalho.
8ă Coluna: Recomendações/Observações
Esta coluna deve conter as recomendações de medida s mitigadoras de risco propostas pela
equipe de realização da APP ou quaisquer observaçõe s pertinentes ao cenário de acidente em estudo.
9ă Coluna: Identificador do Cenário de Acidente
Esta coluna deve conter um número de identificação do cenário de acidente.
Após o preenchimento das planilhas de APP, a taref a seguinte corresponde ao levantamento do
número de cenários de acidentes identificados por c ategorias de freqüência, de severidade e de risco.
Como resultado da elaboração das estatísticas dos cenários, tem-se uma matriz de riscos,
indicando a quantidade de cenários por categorias d e freqüência e de severidade e a quantidade de
cenários por cada categoria de risco. Esta categori zação serve muita vezes para priorizar a
implementação das recomendações propostas.
É importante frisar que o papel do Líder de APP, o u mesmo do HAZOP, é conduzir as reuniões
de forma que o grupo de trabalho identifique os cen ários, suas causas, seus efeitos, sejam definidas a s
categorias de freqüência, severidade e risco de cad a cenário e, principalmente, sejam também
identificadas as recomendações (medidas de proteção ) adicionais necessárias para redução/mitigação
ou eliminação do cenário identificado. Entretanto, cabe à empresa (proprietária da instalação)
estabelecer um plano de ação de implementação das r ecomendações propostas (decisão gerencial).
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24 Finalmente, procede-se a análise dos resultados ob tidos, listando-se as recomendações de
medidas preventivas e/ou mitigadoras propostas pela Equipe da APP. O passo final é a preparação do
relatório da análise realizada.
Cabe ressaltar que a APP pode ser utilizada, em mu itos casos, como uma etapa inicial (para
identificação de perigos) de uma Análise Quantitati va de Riscos. Neste caso seleciona-se, em geral,
para quantificação dos cenários classificados nas c ategorias de severidade crítica e catastrófica.
Entretanto, este critério pode ser alterado pela eq uipe, em função de necessidades detectadas ao longo
da realização do estudo.
A DNV utiliza, normalmente, o programa computacion al MASTER GUIDE para o
preenchimento das planilhas de APP, HAZOP, FMEA, et c. Porém, outros programas computacionais
podem também ser empregados (por exemplo, “word”, “ word perfect”, “excel”, etc.).
Em relação à composição e tamanho da equipe (grupo de trabalho) e da documentação
necessária para a realização de um estudo de APP, t odas as informações apresentadas para a realização
de estudos de HAZOP podem ser empregadas também par a a APP.
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